terça-feira, 25 de maio de 2010

O que o mundo pensa de Lula

Le Monde:

É Lula pra cá, Brasil pra lá! O mundo se agita com as declarações do presidente brasileiro e com as façanhas não somente futebolísticas de seus compatriotas.
Vimos Luiz Inácio Lula da Silva repreendendo a Alemanha por sua hesitação em salvar a Grécia, e oferecendo sua mediação no conflito entre Israel e Palestina.
Vimo-lo tentando, junto com os turcos, arrefecer a questão nuclear iraniana, e apoiar os argentinos em seu conflito contra os britânicos a respeito das Ilhas Malvinas e seu petróleo.
Mas “o homem mais popular do mundo”, segundo Barack Obama, não se apoia somente em seu carisma para falar em alto e bom som. Ele representa um Brasil em plena forma que, após uma depressão causada pela crise, segue de perto a China e a Índia em termos de crescimento.
A Petrobras, grupo petrolífero que é a empresa mais lucrativa da América Latina, a Vale, líder mundial do ferro, a Embraer, que poderá muito bem superar a Boeing e a Airbus em breve no setor de aviação, são apenas alguns dos orgulhos de uma economia industrial de primeira ordem.
No setor agrícola o crescimento é comparável, e valeu ao Brasil o título de “celeiro do mundo”. Soja, açúcar, etanol, café, frutas, algodão, frango, etc. fazem dele um concorrente temível para os produtores europeus.
Foi em 2008 que o Brasil se deu conta de suas capacidades econômicas. Até então, ele negociava com a Organização Mundial do Comércio, mas de maneira um tanto tímida. A crise que veio dos Estados Unidos e o colapso da produção industrial dos chamados países desenvolvidos o persuadiram de que era hora de partir para a ofensiva.
Agora é o Brasil, representado de forma brilhante por seu ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, que mais pressiona por uma conclusão das negociações da Rodada Doha. Em comparação, os Estados Unidos parecem presos em um protecionismo de outros tempos.
Menos temido que a China ou a Índia, de populações na casa dos bilhões, mais respeitado que uma Rússia dependente de suas matérias-primas, o Brasil é o verdadeiro porta-voz dessas economias emergentes que puxam o crescimento mundial. Com o eixo econômico do mundo se deslocando para o Sul, ele pode com razão exigir que aqueles que estão substituindo os países do Norte sejam mais bem representados nas instâncias internacionais, a começar pelo Banco Mundial e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Sem esquecer o Conselho de Segurança da ONU, no qual o Brasil almeja uma cadeira de membro permanente.
Porque “o século 21 será o século dos países que não tiveram sua chance”, e por ele acreditar estar “na metade de [sua] carreira política”, Lula, 65, poderá se candidatar ao secretariado geral da ONU em 2012. Ele também deverá lutar para melhorar o G20, cuja influência ele considera “muito pequena”.
Continuaremos a ouvir falar do ex-metalúrgico, amigo das favelas e dos investidores. Continuaremos a ouvir falar de um Brasil no despontar de seus “trinta anos gloriosos”.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Obana don´t give peace a chance.

Obama não quis dar uma chance à paz. Preferiu manter a velha política externa arcaica norte-americana do "grande porrete" ou a diplomacia das canhoneiras, uma característica do velho imperialismo criado pelas potências européias, herdado depois da segunda guerra pelos Estados Unidos. É o mesmo tipo de imperialismo que levou a Inglaterra à Guerra do Ópio, contra a China, no século XIX.
Isso leva Lula e os dirigentes dos países emergentes e em desenvolvimento a desconfiar do presidente estadunidense, que segundo eles diz uma coisa e faz outra.
De fato, Obama surgiu como uma esperança de mudança para milhões de pessoas, no seu país e no mundo, mas hoje ninguém tem dúvidas de que ele é um engodo. As mudanças que prometeu fazer nos Estados Unidos acontecem atrofiadas, com um alcance muito menos do que o esperado.
Alguns dizem que o presidente dos Estados Unidos se rendeu ao poder da elite econômica do seu país e hoje é um eunuco político. Outros supõem que ele nunca pretendeu mudar com sinceridade, não passando de mais uma cria do sistema industrial\financeiro\militar que domina seu país.
Ambas as possibilidades denunciam a deformação da democracia mais antiga do mundo, que é profundamente distorcida pelo poder dos que possuem muito dinheiro. A democracia norte-americana existe nas cidades, nos condados e eventualmente nos pequenos estados, sendo atrofiada á medida em que sobe aos escalões mais altos do poder.  
Friedman, no seu recente livro "Quente, plano e populoso", denuncia como uma das causas do declínio americano a corrosão da democracia estadunidense. para ele, os eleitores votam, depois vão cuidar das suas vidas, enquanto os lobyes vão cuidar dos seus interesses nos corredores do poder, no congresso e na Casa Branca.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

terça-feira, 18 de maio de 2010

Ação e reação

O Brasil jogou limpo nd Diplomacia, Pela Paz, O Que É Diferente da Hipócrita Diplomacia das "potências" ocidentais, fingem negociar Que, Fazer Para a guerra. O Iraque e Uma Lembrança triste disso. Mentiram Sobre as Armas de destruição em massa, inslar n Tropas Toda desestabilizam Que uma Região.


A discussão Sobre o secundário, Que reconheço Que me precipitei e errei, Apenas servir o principal parágrafo camuflar, Que É uma das Intenção colonial os tais "potencias", NA Verdade Que Não Querem de fato contribuir n. O avanço da democracia Irã não. Quantaz Vezes uma gente VIU UM história nd Governo autoritário conseguir Legitimidade Alguma, contra Uma agressão externa. Lembram da Argentina Malvinas NAS? Em hum primeiro momento, OS generais conseguiram o Apoio popular, Que se esvaiu com uma Derrota. Se o Irã para a paz em deixado, Seu Próprio povo ira fortalecer A SUA democracia, Levando líderes Mais esclarecidos Poder AO. Não é fácil, o Caminho Será Cheio de Armadilhas, Mas sem ressentimentos SO UM Por gerados permanente estado de Tensão e de ameaças, Aquele grande País encontrará o Seu Caminho.

O Mesmo pode-se Dizer dos demais Países Arabes e islâmicos. DEPOIS de anos de colonialismo disfarçado OU direto, Aquela civilização (Que Já Foi Mais uma brilhante do Mundo e Foi Responsável Pela Preservação do Conhecimento Clássico) desenvolveu UM imenso grau de desconfiança e ressentimento contra OS Interesses "ocidentais". Fredman, não Interessante Seu livro, "Os Próximos 100 anos", revela Que EXISTE Uma Intenção deliberada da Política externa norte-americana de manter uma Política instabilidade nenhuma Médio Oriente, parágrafo facilitar o controle das fontes de Energia da Região. Foi essa política internacional herdada do colonialismo inglêsI, Que Até o final da era Segunda Guerra Mundial uma Potência dominar Naquela área do globo.

A Instalação do Estado de Israel Na região, da forma como foi Feita, com uma súbita e Ocupação de terras Violenta das Populações Nueva Palestina Viviam Que nenhum local Aumentou o ressentimento dos muçulmanos contra os "ocidentais". Essa sensação Foi Uma aprofundada em guerra semi-colonial movida Pela Inglaterra e França, contra o Egito, em 1956, com Apoio de Israel, parágrafo obter o controle do Canal de Suez. Foi a partir desse ato de pirataria, duramente criticado, inclusive Maiores Pelas potencias da época, EUA e União Sovietica, Que o nacionalismo árabe comecou anti-ocidental uma Crescer. Contribuiu parágrafo isso uma benevolência dos ESTADOS UNIDOS, Atuou para quê interromper o Ataque Anglo-Francês, Mas DEPOIS SE COM OS condescendente Mostrou Europeus Dois Países e Israel. O resultado foi o Crescimento do nacionalismo árabe, Que Não tinha, na época, Islâmica de coloração, e do anti-ocidentalismo. Isso Levou AO Crescimento da Influencia Sovietica Na região, Que Chegou principalmente na forma de Armas Para os exércitos do Egito e da Síria, como assim da Argélia e Iraque.

A principal base norte-americana da Região Passou um IRA o SER, governado com Mão de Ferro Pela Dinastia Pahlavi. Em 1953, Por Iniciativa do então Primeiro Ministro Mohammed Mossadeghv, o País OS nacionalizar Tentou Ativos da Companhia de Óleo Anglo-Americana, principal Fonte de reursos do IRA. A CIA articulou Mossadeghv UM golpe contra, Que Foi deposto e preso. A partir de então o Xá Mohammad Reza Pahlavi Passou um País com o governador Poderes ditatoriais e Mão de ferro. Qualquer perseguida era OPOSIÇÃO, fossem Comunistas, Democratas Religiosos ou. A insustentável Ficou situação, sem final de década de 70, comeu Que em 1979, como Oposições se uniram AO clero xiita, ramo de islamismo seguido maioria da População, parágrafo derrubar uma Monarquia.

A civilização da Explosão das Tensões sociais contidas Pela Força, Durante décadas, provocou Uma série de exageros do Ponto de vista da democracia e, Como um Ocupação da Embaixada noste-americana. Mas, e importante ressaltar que Imediatamente após deposição do Xá, OS ESTADOS retiveram Unidos Bens de Propriedade iraniana. No final, o impasse Foi resolvido com uma Libertação dos reféns nd Embaixada em Troca da Liberação dos Bens retidos Pelo Governo norte-americano.

Na seqüência, logo no ano seguinte, em 1980, o País invadido Foi Pelo Iraque, Que Na época estava alinhado com o ocidente. Sob o BOMBARDEIO de Armas ocidentais, o povo inaniano Considerou Que Mais Aquela era Uma agressão dos Países do ocidente, Sendo o Iraque Titere Apenas UM. Certamente isso n contribuiram como Frequentes Viagens de Autoridades norte-americanas AO Iraque Durante a guerra Que tão Terminou em 1988, DEPOIS Quase Fazer Vítimas de 800 mil.

Durante todo esse período, o Irã Ainda TeVe Que hum enfrentar Bloqueio econômico Imposto Por Iniciativa DOS ESTADOS UNIDOS, O Que provocou mortes Por Falta de Alimento e remédios, inclusive de milhares de Crianças. O brloqueio rompido Acabou assim, nenhum episódio conhecido Como Irã-Contras, Quando um CIA patrocinou a venda de Armas e Outros Bens Para o País, com o Objetivo de Financiar OS guerrilheiros lutavam contra o Que nd Governo sandinista da Nicarágua.

Todos Esses fatos impediram UM prosseguimento natural do Processo Político sem IRA. Nem mesmo, QUANDO UM Líder religioso moderado Foi eleito Para a presidencia, Ali Hashemi Rafsanjani, como "potências" ocidentais dram tregua AO País, boa parte Que o Levou um duvidar da População das Propostas mais "" ligth, o propunham que "Diálogo das civilizações ". O resultado foi uma eleição do Linha dura Mahmoud Ahmadinejad, Líder populista um, com menor preparo do Rafsanjani que. Sua eleição representou retrocesso claro um, Mas foi o reflexo de Pressão Uma extrema Por parte dos países "ocidentais", um soluço Liderança norte-americana.

O Que Querem Pessoas como Bem de E Que deixem o povo iraniano Seguir o Caminho Seu. Com o tempo, hum povo Herdeiro de Uma história brilhante e milenar Sabera resolver OS SEUS Problemas próprios.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

POR UM NOVO MUNDO

Há muito por trás das críticas dos países centrais (Estados unidos e União Européia) feitas ao acordo firmado entre Irã e a Turquia, que foi chancelado pelo Brasil. Estes países, que durante muito tempo comandaram os destinos do planeta através da força, ainda se consideram os “donos“ do mundo.


Entre os aspectos mais importantes do que está oculto na intenção das “potências” mundiais, há a tentativa de manter o monopólio nuclear. É bom lembrar o maior arsenal atômico utilizável dos dias atuais está em mãos desses países. Contando com os arsenais dos Estados Unidos, Inglaterra e França, há mais de seis mil ogivas nucleares prontas para disparo.

A Rússia tem um número semelhante de artefatos, mas dificilmente a maior parte deles está em boas condições, em função dos problemas políticos e econômicos que o país atravessou, depois da extinção da União Soviética. China, Índia e Paquistão não detêm mais do que umas trezentas ogivas e o outro país nuclear é Israel, que no jogo internacional joga no time da aliança Europa e Estados Unidos.

Mesmo que esses países sofram o declínio relativo das suas economias frente aos emergentes, eles poderão manter o seu poder mundial através da ameaça militar. Aliás, 90% do poder militar do mundo estão nas mãos da OTAN.

Esse panorama desequilibra o mundo. Coloca as outras nações em um estado de permanente ameaça, mesmo que na propaganda oficial os países centrais tentem se colocar como “responsáveis”, ou seja, paternalisticamente dizem ao resto do mundo que eles saberão usar bem o seu poder.

Trata-se de uma falácia, pois nunca o emprego de um artefato nuclear será uma ação responsável. Sempre será um crime, como foi quando os norte-americanos lançaram as duas bombas sobre o Japão. Dois atos criminosos contra a humanidade, que deveriam ser julgados por um tribunal internacional.

Portanto, o simples fato de armazenar armas nucleares demonstra a má fé dos seus proprietários e por si só já um crime contra a humanidade. Se houvesse responsabilidade desses países, eles seriam os primeiros sugerir acordos, fiscalizados por uma comissão de países independentes, inclusive do Conselho de Segurança da ONU, que, como todos sabem, é dominado pelos vencedores da Segunda Guerra Mundial.

Sem o desarmamento, pressionar o Irã é hipocrisia. Na verdade é o alinhamento a intenções históricas da aliança que hoje domina o mundo e que pretende estabelecer alguns fatos irreversíveis no oriente médio: a hegemonia militar de Israel, a manutenção dos países árabes em um estado semi-colonial e o controle das principais fontes de petróleo do planeta.

Esse último propósito estratégico das potências centrais acende uma luz vermelha no horizonte estratégico do Brasil. Provavelmente os Estados Unidos já desenvolvem estratégias para controlar as ricas jazidas petrolíferas do pré-sal. Essa ameaça só estará afastada em longo prazo, se o Brasil e seus parceiros emergentes conseguirem criar uma nova ordem mundial multipolar e na qual o uso da força, por quem for, seja visto como um crime contra a humanidade.

A imprensa brasileira se posiciona, na sua maioria, contra a estratégia brasileira, que visa a paz e os acordos, porque as principais empresas brasileiras do setor são comandadas por capitalistas, que privilegiam seus lucros à qualquer idéia de projeto nacional. Para eles o que é importante é a sua conta bancária e não o Brasil se afirmar como um país capaz de oferecer bem estar e esperança para o seu povo.

Esta é a mesma razão que leva gente como Piñera, recém eleito no Chile, a se alinhar com a ordem mundial. Ele é acima de tudo um capitalista interessado em lucros. Para garantir o aumento de sua conta bancária, ele não terá dúvidas em governar para atrofiar as forças produtivas do seu país, se isso garantir o aumento de sua conta bancária.

Lula e o Irã

O Brasil inaugurou uma nova etapa das relações internacionais, onde a ameaça e o desejo de submissão são substituídos pelo respeito e a honestidade. Isso é muito novo e difícil de ser entendido pelos Estados Unidos, Europa Ocidental e Israel, que estão viciados na violência, na guerra e na prepotência.
Esses países nunca pretenderam nenhum acordo com o Irã. A intenção deles era simplesmente a rendição daquela civilização milenar.
Lula quebrou uma prática de poder que já dura séculos.

domingo, 16 de maio de 2010

Governo Turco diz que Lula conseguiu acordo histórico

O ministro de Relações Exteriores da Turquia, Ahmet Davutoglu, disse neste domingo que foi alcançado um acordo entre Irã, Turquia e Brasil sobre a troca de combustíveis nucleares, decisão que pode por fim à disputa com o Ocidente sobre o programa nuclear do Irã. Quando questionado por jornalistas em Teerã se haveria um acordo sobre a troca de combustível, ele respondeu: "Sim, isso foi alcançado após quase 18 horas de negociações".

Marina e a direita

Marina Silva definitivamente assumiu seu papel de inocente útil da direita. A trajetória dela é comum a muitos militantes, ativistas e políticos formados pela igreja. No processo de formação dos quadros da igreja católica, não há uma preparação verdadeiramente socialista. Em geral o pessoal que vem de estruturas como as pastorais possuem limitadíssima compreensão racional da política. São movidos muito mais pelo moralismo, o basismo e a emoção exacerbada. Por isso, são voluntariosos, têm pouca visão estratégica, tendem a análises maniqueístas e dificilmente compreendem o processo histórico.
Como tendem a acreditar em milagres, acham que uma pessoa pode mudar o mundo. Emboram não saibam bem o que fazer com o mundo mudado. Confundem moralismo com ética. Assim é comum que seus governos descambem para o autoritarismo. Mas, achando que são ungidos por Deus, mesmo quando fazem alianças esquisitíssimas, a exemplo da que fez Marina Silva com empresários que nunca demonstraram qualquer compromisso com mudanças profundas no mundo e nem entendem que na questão ecológica o buraco é mais acima. Muitos do empresários e "intelectuais" conservadores que apoiam a candidata eram até ontem apoiadores dos partidos de direita no Brasil.
Para piorar a sua formação, Marina ainda adotou o credo evangélico, que deixou de ser uma coisa progressista desde a morte de Calvino. Hoje os evangélicos são mais conservadores do que os católicos. Desse jeito, Marina não será nem mesmo uma nota de pé de página dos livros de história.

sábado, 15 de maio de 2010

sexta-feira, 14 de maio de 2010

DEM é o primeiro no ranking da corrupção.

O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral que não possui coloração partidária divulgou, na última quinta-feira, um balanço da corrupção política baseado nas diversas cassações de mandatos.
O líder em corrupção e cassação segundo o ranking do MCCE é o DEM ou DEMOCRATAS com um percentual de 20,4% dos políticos cassados. 
Leia mais sobre a liderança do DEM no ranking da corrupção eleitoral, clicando no link - DEM O PARTIDO MAIS CORRUPTO DO PAÍS

Dilma e as pesquisas

Marcos Coimbra, da Vox Populi, estreia uma coluna na Carta Capital, esta semana.
“A caminho da eleição” é o titulo.
É importante ler o que ele diz sobre as pesquisas desses dias que passam, em que boa parte do eleitorado ainda não sabe que a Dilma é a candidata do presidente mais popular da História.
Quando o eleitor sabe que ela é candidata do Lula, ela ganha do Serra com onze pontos na frente.
E o Serra só está à frente, porque 43% dos eleitores não conhecem a Dilma, ainda.
Mas, isso, com o tempo passa: e a imagem do Lula cola na dela.
A conclusão de Coimbra é especial: “Para Serra, só haverá boas notícias, se tudo o que está em curso mudar”.
Ou seja, amigo navegante, a única bala na agulha do Serra é desconstruir a Dilma.

Paulo Henrique Amorim

Sexta sem novidades

Para uma sexta sem novidades, um brinde com Priscila

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Quinta feira alegre

A quinta feira amanheceu mais alegre. O Cruzeiro levou uma chapecada do São Paulo. Será difícil inverter a situação no Morumbi. Vamos torcer para o São Paulo acabar logo com esta agonia.
O Santos manteve a tradição de marcar muitos gols e tomar outros tantos também.  Grêmio festeja a virada, mas está em uma situação pior do que a do Galo, pois sobreu três gols dentro de casa. parece que vai dar Santos, com Neymar.

Quinta feira é knust

Outra Juliana: Knust

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Veja não aceita a liberdade de expressão

A Editora Abril demitiu o sub-editor da National Geographic Brasil, Felipe Milanez, porque o jornalista criticou a matéria da revista Veja sobre a delimitação de terras indígenas no país. Na sua conta do Twitter, o jornalista, muito afinado com a questão indigena, classificou a matéria como "repugnante".
Milanez, que se preparava para viajar ao Amazonas, onde faria uma nova matéria para a Geographic, se disse chocado com a atitude da empresa.
Esse é um exemplo da liberdade de imprensa no Brasil. Os grandes veículos querem ter toda a liberdade de mentir, fazer campanhas políticas e enganar aos seus leitores, mas não permitem o menor espaço de liberdade de expressão dos seus jornalistas. Nos grandes veículos só cabe a visão do dono.
O bom é que os consumidores percebem os exageros de veículos, como a Veja, a Globo e a Folha de São Paulo e param de consumir esses veículos. Já tive assinaturas de veículos do grupo Folha, da Abril e da Editora Globo. Cancelei todas essas assinaturas e atualmente sou uma pessoa muito melhor informada do que quando consumia esses produtos de mau jornalismo.
Convido você leitor a fazer isso, pois há bons produtos substitutos. Por exemplo a revista Carta Capital, um semanário com matérias aprofundadas, de leitura saborosa e onde podemos encontrar os melhores textos do Brasil, escritos pelo jornalista Mino Carta, fundador da Veja e da Isto É. para a TV, existe a opção da televisão por assinaturas, que tem excelentes documentários e o jornalismo da CNN ou da BBC. Quem preferir, pode assistir a Band ou a Record. A primeira tem o divertido Ricardo Boechat e a segunda o ótimo Paulo Henrique Amorim. Para substituir os jornais, a melhor pedida são os blogs. Sugiro o Conversa Afiada, do Paulo Henrique Amorim; o Vi o Mundo, do Luiz carlos Azenha; e o Online, do Luis Nassif.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Problemas na seleção do Dunga

O problema do kaká não é que ele está "meia boca". O negócio é que ele nunca foi craque. É um grande atleta, corre muito, se movimenta, mas não tem habilidade e nem aquela fagulha que separa os esforçados dos fora de série.
Dunga quer provar ao mundo uma tese: o futebol não precisa de craques. Talvez porque ele sempre foi um volante grosso, que usava a força para substituir a sua falta de habilidade.

Dunga, coerente e previsível

Juca Kfuouri disse uma coisa brilhante: a coerencia do Dunga não é com o povo brasileiro, mas com os seus comandados. E eu acrescento com os comandados que lhe abaixam a cabeça.
Agora, a coerencia de Dunga é  previsibilidade. Nunca vi vitória em nenhum jogo difícil com previsibilidade. Todos os outros times estão estudando o Brasil. Na Copa a dificuldade dos jogos será outra. Não será essa baba que foi a Copa América ou as eliminatórias, quando o Brasil enfrentou times montados às pressas com jogadores recém chegados dos campeonatos europeus. As duas únicas seleções que levaram à sério Copa das Confederações, além do Brasil, foram África do Sul e os Estados Unidos, orgulhosos de enfrentar os melhores do mundo.
Na Copa, todo mundo sabe que as coisas serão diferentes. Argentinos, franceses, italianos, ingleses e espanhóis chegarão babando. Sem contar as possíveis surpresas. Aposto na Sérvia, Holanda, Nigéria e Portugal.
A Sérvia sempre formou bons times, desde que era Iuguslávia, porém fracassavam nos mundiais. Eles têm a tradição de priorizar seus empregos nos times. Mas passei por aquela esquina do mundo há dois anos e pude ver um nacionalismo exacerbado.
A Holanda está devendo há várias copas. Vai chegar o momento em que vai encaixar.
Portugal é um dois únicos times que vão entrar em campo com um craque acima de qualquer suspeita, Cristiano Ronaldo. O outro é a Argentina de Messi.
Pela história das copas, dá para prever, que se seus companheiros ajudarem, Cristiano e Messi podem levantar a taça.

Vou de Holanda

Dunga é absolutamente previsível. A seleção convocada não é a do Brasil, mas do Dunga.
Tem a cara do técnico: só dá jogador esforçadinho ou grosso. Inteligência para organizar o time em campo, zero. Nenhuma esperança de um lampejo de gênio de impresibilidade. Futebol manjado, que todos os outros times já estão cansados de conhecer. Com o material humano convocado, não há esperança de mudança, de insight.
Não dá para torcer para aquilo, não tem nada haver com o Brasil. Vou de Holanda.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Serra será um retrocesso pior do que FHC

Lula passou todo o seu mandato sem intervir de forma alguma no Banco Central. Serra já indica que não fará o mesmo. Ele tem formação stalinista. No seu governo é de se esperar chumbo grosso. A Petrobrás estará ameaçada, mesmo sendo considerada mais competente do que as grandes multinacionais do petróleo mundial. Ele vai inibir os bancos oficiais e privilegiar a banca privada, mesmo depois da lambança feita pelos grandes banqueiros (a propósito, os gregos estão certos, "os banqueiros é que deviam pagar a conta da crise").
Ele já reduziu os programas sociais em São Paulo e é uma ameaça para os projetos de desenvolvimento social do governo federal.
Serra é o cara que quer acabar com o poder de compra dos brasileiros, que pretende favorecer o grande capital agrário (emtenda-se latifundios). Ele quer o Brasil como um protetorado dos Estados Unidos.
Além de tudo, Serra é feio pra caramba e muito mal humorado. ele tenta fingir que está sorrindo, mas não engana ninguém.

domingo, 9 de maio de 2010

Mis Brasil é mineira

Déborah Lira

Grande mídia brasileira é lixo

Marcos Coimbra - Especial para o EM
Publicação: 09/05/2010 13:42 Atualização: 09/05/2010 13:51


Enquanto a grande maioria da população dá sucessivas mostras de estar satisfeita com o governo, continua a existir uma parcela da opinião pública que não. Dentro dela, há quem tenha alguma simpatia por Lula e até enxergue virtudes em seu trabalho, admire sua trajetória ou ria de suas tiradas. Mas não gosta do governo e, quase sempre, tem ojeriza ao PT. São aqueles que aceitam o presidente, mas não querem que sua turma permaneça.

A existência desse tipo de sentimento fica clara nas comparações entre a avaliação do governo e o desejo de continuidade. Nas pesquisas, a proporção dos que o aprovam enfaticamente, dizendo que é “ótimo” ou “bom”, anda na casa dos 75%, e há outros 20% que o consideram “regular”. Somados, beiram os 95%, o que deixa apenas 5% da população para repartir as opiniões de que é “ruim” ou “péssimo”.

Quando, porém, se pergunta a respeito de quanto do que Lula faz gostariam que fosse mantido, mais de 20% dos entrevistados responde que preferiria que houvesse mudanças na maior parte ou na totalidade das políticas. É verdade que a opção por mudanças completas é pequena e corresponde quase exatamente à da avaliação negativa. Ainda assim, deve-se registrar que há mais pessoas que o aprovam (agregando avaliações positivas e regulares) que querendo a continuidade de tudo (desejo de 35% delas) ou da maioria das coisas (40%) que faz.

Para alguns dos que querem mudanças, o gesto de Lula, quando escolheu Dilma para sucedê-lo, soou como bravata. É como se ele a tivesse indicado pelo que ela não tem (experiência eleitoral, carisma, jogo de cintura) somente para afrontá-los. “Inventar” uma candidata como ela seria um arroubo de poder, tornado possível pela escassez de lideranças dentro de seu partido. Querer que ela ganhasse seria, no entanto, ir longe demais, atribuir-se uma missão de altíssimo risco, apenas pelo gosto do desafio e a perspectiva de, obtendo sucesso, infligir uma derrota humilhante ao que resta de oposição.

Cada um desses eleitores olha para Dilma e não a vê como simples candidata, em quem se pode ou não votar em função de escolhas racionais. Para eles, ela é uma espécie de provocação ambulante, a encarnação de tudo de que não gostam em Lula, no PT e no governo.

Enquanto ela permaneceu lá atrás nas pesquisas, o mal era menor. Ao contrário, muitas dessas pessoas ficavam felizes a cada confirmação de que o sonho onipotente de Lula estava ameaçado. Quando, no entanto, ela começou a subir, o quadro se complicou. Não é que o impossível passou a ser provável?

Uma parte relevante da mídia brasileira compartilha esses sentimentos. Na verdade, em algumas redações, estão muitas das pessoas mais extremadas nessa mistura de desaprovação ao lulismo e indignação frente à hipótese de Dilma vencer.

Nenhum problema nisso. Afinal, editorialistas, colunistas e repórteres são também filhos de Deus, e possuem as mesmas prerrogativas das pessoas comuns. Têm todo direito de não gostar do que não gostam.

O que é discutível é permitir que suas preferências interfiram em seu trabalho a ponto de comprometê-lo. Por exemplo, deixando-se levar por elas na hora de informar a opinião pública sobre o que está acontecendo na eleição.

Um tom de indisfarçável torcida marcou o noticiário de abril. Quem leu o que vários órgãos da chamada grande imprensa publicaram só ficou sabendo dos “erros de Dilma” e os “acertos de Serra”, os primeiros provocando o “desespero” de Lula e abalos na coligação governista, os segundos gerando empatia na sociedade e novas alianças políticas. Foi informado de que o saldo disso seriam “novas pesquisas”, que mostrariam o avanço de Serra.

Pode ser que venham, mas ainda não chegaram. O que todas as conhecidas apontam é para um cenário de estabilidade: quando se comparam os resultados do final de março, antes da desincompatibilização, com os do final de abril, nada mudou. No Datafolha, a distância entre Serra e Dilma aumentou um ponto, no Ibope, dois. Ou seja, ficou igual. É o mesmo que indicam outros levantamentos, ainda não publicados. A marola do noticiário não parece ter alcançado, pelo menos por enquanto, a imensa maioria do eleitorado. E será que vai tocá-la nos próximos meses?

Torcer é bom e faz parte da política. Querer que seu candidato vença e os outros percam é um sentimento natural. Mas torcer não rima com informar.

Burrice

Nelson Rodrigues foi genial ao dizer que "toda unanimidade é burra". A crise que destroçou a economia dos países centrais provou que o pensamento único foi uma burrice.

Vida inteligente no meu planeta

Cleo.

sábado, 8 de maio de 2010

Serra, um stalinista de direita, propõe o suicídio da economia brasileira

Por Márcia Denser*, no Congresso em Foco
“Ao sugerir extiguir o Mercosul, o que Serra propõe é um caminho suicida, desfavorável para o pais como um todo: sair do integrador periférico e submeter-se completamente às turbulências do mercado internacional”
Em nossos dias, optar por correr na contramão da História não leva meramente ao retrocesso – sempre corrigível lá na frente – mas ao suicídio, este sem volta. Porque a megacrise de 2008, que decretou a morte do neoliberalismo global como ideologia e política hegemônica, determinou duas conseqüências importantes:
1) globalmente,forçou os vários países a um movimento autodefensivo integrador-regionalista como estratégia, não só de evasão da crise, mas já apontando, em seus desdobramentos, para um novo realinhamento de forças político-comerciais globais, índice claro do fim dum mundo unipolar comandado pelos EUA;
2) globalmente, deixou como viúvas as chamadas “direitas loucas”, praticantes do kamikazismo histórico, representando setores agora mergulhados numa crise sistêmica que vai jogando-os numa posição caótica, não só no nível econômico, como também no plano psicológico – o que os torna cada vez mais perigosos e imprevisíveis.
Segundo a excelente análise de Jorge Beinstein, economista e professor da Universidade de Buenos Aires (Carta Maior em 02/05/2010), um bom exemplo disto é a proposta de Serra no sentido de revisar, “flexibilizar” e até abolir os acordos do Mercosul, uma posição direitista kamikase que, se mantida, levaria ao suicídio do sistema industrial brasileiro que ficaria exposto à feroz concorrência na América Latina de países desesperados por aumentar suas vendas, a começar dos gigantes econômicos como Alemanha, França, Espanha, na UE, EUA e até China (que acaba de registrar seu primeiro déficit comercial em cinco anos) – todos acossados pela contração do comércio internacional provocada pela crise. Em 2009, as exportações brasileiras caíram cerca de 22% devido à crise,mas essa queda teria sido muito maior sem a existência da retaguarda latinoamericana, sem esses países vizinhos ligados ao Brasil por múltiplos laços econômicos, políticos e culturais. Romper ou “flexibilizar” esses laços em um contexto internacional como o atual, marcado por uma crise que vai se agravando seria uma loucura. O Brasil estaria dando de presente a sua parte dos mercados regionais a competidores de todos os continentes.
A proposta de Serra vai na contramão da tendência global dominante rumo às integrações periféricas em resposta às crescentes dificuldades das economias das potências centrais (EUA, União Européia e Japão). No começo de 2010, a China firmou acordo de integração comercial com os países do Sudeste Asiático, agrupados na ASEAN, um mercado com cerca de 1,9 bilhão de pessoas, e a ASEAN, por sua vez, fez acordo semelhante com a Índia. Somados os dois acordos e as populações envolvidas (China, Índia e países da ASEAN) chega-se a cerca de três bilhões de pessoas, ou seja, quase 45% da população mundial. E esse processo está relacionado com a integração entre China e Rússia que, através da Organização de Cooperação de Shangai, agrupa as ex-repúblicas soviéticas da Ásia Central, devendo também integrar proximamente Índia, Paquistão, Mongólia e Irã.
Este movimento de integração eurasiática incluindo mais da metade da população mundial está mudando não só a estrutura do comércio internacional, mas também suas relações políticas e militares, e é hoje o coração do processo de despolarização mundial, do fim da unipolaridade norte-americana. A outra tendência integradora importante é a da América Latina que, partindo do Mercosul, foi se ampliando, incluindo a Unasul (390 milhões de habitantes) e a recentemente criada Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (CELC).
O vínculo entre esses dois fenômenos regionais é o BRIC – convergência entre Brasil, Rússia, Índia e China, onde o Brasil é precisamente o elo que os articula estrategicamente. O que Serra propõe é um caminho suicida, desfavorável para o pais como um todo (e a médio prazo, desfavorável até mesmo para a elite que ele representa) ou seja: sair do integrador periférico e submeter-se completamente às turbulências do mercado internacional sem nenhum tipo de escudo protetor regional. Assim, o Brasil passaria a fazer parte da estratégia de recomposição geopolítica imperial dos EUA, cujo objetivo principal é a desestruturação das integrações regionais tanto na Eurásia quanto na América Latina.
Beinstein enfatiza: “Serra propõe substituir o Mercosul e as demais alianças periféricas (Unasul, BRIC, etc.) por um conjunto de tratados de livre comércio. A retirada política do Brasil significaria automaticamente um decisivo aumento da influência dos EUA na América Latina, abrindo o caminho para suas estratégias de desestabilização e conquista. O contexto regional de estabilidade obtido na década passada se deterioraria rapidamente, convertendo uma parte importante do entorno geográfico do Brasil numa área caótica, infestada de frentes reacionárias que finalmente conseguiriam afetar nossa estabilidade democrática e dinâmica produtiva.”
No esquema Serra, sem a rede protetora de tais acordos, o Brasil teria só um caminho para continuar se desenvolvendo num mundo cada vez mais hostil: o da competição selvagem respaldada pelo arrocho salarial e impostos reduzidos para os ricos, ou seja, apoiada na miséria crescente do grosso de sua população (começando pelos assalariados e seguindo pelas classes médias), no encolhimento do Estado e, inevitavelmente, na expansão das estruturas repressivas, e assim na rápida deterioração das liberdades democráticas.
Em síntese, é um processo que começa com um discurso comercial e culmina inexoravelmente num modelo político claramente autoritário. Deste modo, Serra passa a formar parte do grupo de políticos latino-americanos de raiz neoliberal, nostálgicos das velhas relações neocoloniais com o Império. Estes políticos, superados pelas tendências integradoras e autonomizantes hoje dominantes, precisam desesperadamente reconquistar o poder, mas a realidade lhes escapa porque agora o momento histórico é seu inimigo.
Cresce assustadoramente a irracionalidade nos sistemas de poder do centro decadente do mundo e, num movimento mimético, também em seus lacaios periféricos. Hoje, as direitas loucas expressam não só o passado (neoliberal) mas, sobretudo, a garantia dum futuro sinistro. Se Serra pretende realmente posicionar-se como o anti-Lula, com o dito no 1º. de maio: “Quem fuma é uma pessoa sem Deus”, ele se define por completo: um composto ruinoso de preconceito, truculência, irracionalidade, excludência burra e, claro, primeiro lugar absoluto em matéria de gafe política.
Só que, na verdade, não foi irracional e muito menos, gafe. Segundo editorial da Carta Maior, o dito condensa mais uma pérola do oportunismo eleitoral tucano: “De um lado, encontra-se aquilo que a Folha denomina como sendo ‘a classe média iluminista’, preocupada com o consumo politicamente correto e a descarbonização do seu almoço sob o capitalismo. Do outro, segmentos da pobreza urbana abandonados pela Igreja Católica e capturados pelo salvacionismo religioso, como o da Assembléia de Deus, de Marina Silva, que patrocinou a pregação de Serra. A operação embutida na frase do tucano busca dar a esse coquetel uma coerência ideológica baseada na idéia de que a questão social no século XXI será resolvida pela ‘técnica’ (agenda verde + ‘gestão eficiente’) e pelo fanatismo religioso.”
Em suma: expressando o pensamento da direita, Serra nunca falou tão sério em sua vida!
*A escritora paulistana Márcia Denser publicou, entre outros, Tango Fantasma (1977), O Animal dos Motéis (1981), Exercícios para o pecado (1984), Diana caçadora (1986), A Ponte das Estrelas (1990), Toda Prosa (2002 – Esgotado), Diana Caçadora/Tango Fantasma (2003,Ateliê Editorial, reedição), Caim (Record, 2006), Toda Prosa II – Obra Escolhida (Record, 2008). É traduzida na Holanda, Bulgária, Hungria, Estados Unidos, Alemanha, Suiça, Argentina e Espanha (catalão e galaico-português). Dois de seus contos – O Vampiro da Alameda Casabranca e Hell’s Angel – foram incluídos nos 100 Melhores Contos Brasileiros do Século, sendo que Hell’s Angel está também entre os 100 Melhores Contos Eróticos Universais. Mestre em Comunicação e Semiótica pela PUCSP, é pesquisadora de literatura, jornalista e curadora de Literatura da Biblioteca Sérgio Milliet em São Paulo.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Ana Paula Arósio

Que mulher linda.

Serra esconde seu verdadeiro programa

O candidato dos mauricinhos quer implantar no Brasil ajustes semelhantes aos que Menen fez na Argentina. O resultado lá foi catastrófico, um empobrecimento brutal do país. 

Saiu no Blog do Emir Sader: Serra ficou furioso. Sua equipe econômica deu entrevista à agência Reuters e abriu o jogo, revelando o plano econômico real que, caso ganhasse o tucano, colocaria em prática, confirmando os principais neoliberais de Serra – os mesmos que orientaram seu governo em São Paulo. Serra esbravejou, esperneou, distribuiu broncas, ordenou que ninguém repercutisse nos partidos da imprensa. Mas já era tarde.
A primeira medida econômica de Serra seria um duro ajuste fiscal – como é típico dos governos neoliberais. Segundo revelado por dois membros da equipe econômica tucana, se promoveria a renegociação de contratos e o corte de despesas públicas – conforme o modelo do FMI. Esse seria o começo do “choque de gestão”, típico das gestões tucanas.
“Ele vai entrar com medidas fiscais e até renegociação de alguns contratos”, disse a fonte tucana.”As despesas da máquina pública estão sob um controle muito frouxo…”
Critica-se o aumento das despesas públicas, uma suposta queda na arrecadação e as desonerações feitas para resistir aos efeitos da crise mundial. Anuncia que estão vigilantes sobre a cotação do real frente ao dólar. O papel dos bancos públicos seria “relativizado”, de forma coerente com a privatização do Banespa, vendido ao banco espanhol Santander, assim como a colocação à venda da Nossa Caixa que, felizmente, foi resgatada pelo Banco do Brasil. Assim, São Paulo, o estado mais rico do país, não tem mais nenhum banco público, o candidato tucano preferiu liquidar o patrimônio para fazer estradas, que aparecem muito mais do que financiamentos subsidiados para casa própria, por exemplo, como faz o governo federal. “Relativizado” significa baixo perfil, Estado mínimo, conforme o receituário neoliberal, para que os bancos privados possam ser absolutizados, possam ocupar mais espaço ainda.
Diz o tucano, na entrevista a Reuters, que o fortalecimento dos bancos públicos contribuiria para “aumentar a pressão inflacionária, ao aquecer em demasia a atividade” (sic), preocupação prioritária dos neoliberais, que não aprendem com o governo Lula que se pode – e se deve – aumentar os salários e diminuir as taxas de juros que, em um marco de crescimento com distribuição de renda, não apresentam riscos inflacionários. “Não acho que os bancos públicos precisam ter uma política tão protagonista (sic) neste pós-crise”, afirma a fonte, de forma coerente.
“Uma atuação menos arrojada, inclusive, poderia ser um dos caminhos para evitar a alta das taxas de juros a fim de controlar a inflação e as expectativas de preços”, comenta Reuters, a partir da conversa com membros da equipe econômica tucana.
A equipe serrista considera exagerados os estímulos fiscais dados pelo governo Lula durante a crise. “Não precisava dar para toda a linha branca e depois para móveis…” Parece que seguem acreditando que o próprio mercado tem mecanismos próprios de reativação econômica.
Apostam pouco na concretização de reformas como a tributária, em que o interesse seria apenas o de desonerar investimentos e folha de pagamento, sem nada que apontasse para uma estrutura tributária em que “quem ganha mais, paga mais”, como seria socialmente justo.
Então, a surpresa que Serra esconde é similar à de Carlos Menem e à de Carlos Andrés Perez: um grande pacote de ajuste, escondido sob o disfarce de um “choque de gestão”, tão a gosto do neoliberalismo tucano.

Sem dúvida Juliana

Juliana Didone

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Dúvida da quinta

Na dúvida vão as duas

 Daniele

Juliana

Galo perde, mas promete

O Galo perdeu para o melhor time do Brasil. Mas poderia ter vencido o Santos ou, pelo menos, empatado. Inexplicavelmente, Luxemburgo, sempre um bom técnico, errou ao desarticular o meio de campo do time, no segundo tempo.
A entrada de Marques, até que foi bem vinda, mas deveria ter acontecido um pouco mais tarde. Pior ainda foram as saídas de Correa e de Ricardinho. Com isso, o meio campo do Atlético perdeu toda a capacidade de pensar. Sem inteligência e poder de articulação Marques foi inofensivo, pois é um jogador que depende de bolas bem trabalhadas para exercer todo o seu potencial.
As mudanças de Luxemburgo facilitaram as coisas para o Santos, sem dúvida um bom time, mas nem de longe se aproxima dos grandes esquadrões santistas da era Pelé ou mesmo do timaço comandado por Diego.
Observando os dois jogos contra o Santos, dá para ver que o Galo não está pronto, mas promete. Mesmo com os equívocos cometidos contra o Peixe, Luxemburgo ainda é um técnico que merece respeito. O Atlético ainda precisa de um bom lateral direito, pois Carlos Alberto é muito fraco, e de outro volante mais jovem e habilidoso.
Renan Oliveira é outra dúvida. O garoto mostra logo, no começo do Brasileirão, a que veio ou o Galo deverá pensar em uma contratação de peso para comandar o meio de campo da equipe. No caso gente com nível de seleção, para chegar e mandar. Pode parecer loucura, mas Ronaldinho Gaúcho pode ser uma opção e sua viabilização pode ser nos mesmos moldes da volta de Ronaldão Fenômeno para o país.
Quanto ao Santos, Ganso é um jogador extremamente habilidoso e inteligente, mas está vivendo aquele momento em que separa os craques das promessas. Se deixar a mascara tomar conta, até o final do ano todos vamos nos esquecer dele. Neymar, também é ótimo atleta e vive um bom momento. Terá o campeonato nacional para provar que não é apenas um produto da imprensa paulista.    

quarta-feira, 5 de maio de 2010

segunda-feira, 3 de maio de 2010

As Dilmas da nossa turma eram diferentes da Dilma do Jabour

O ex-stalinista Arnaldo Jabour ataca a Dilma, dizendo que a ex-ministra esconde do público o que ela é de fato. Que ele conheceu muitas Dilmas na juventude e que elas todas têm referência em Cuba. Eventualmente quase todos os jovens dos anos 60 e 70 tiveram admiração pela luta heróica do povo cubano contra a tirania e, depois, enfrentando a maior potência imperialista que o mundo já viu. Era um tempo em que Paulo Francis dizia que se não fosse a união Soviética o mundo seria uma grande Macau (na época uma colônia portuguesa).
Mas Francis, como boa tarte daqueles jovens, nunca foram stalinistas, como Jabour e Serra (ambos maoístas, linha que estava na moda entre os intelectuais franceses, como Sartre e Jacques Alain Miller).
Muitos como eu eram anti-stalinistas e contrários à ditadura do proletariado. Eramos de esquerda, radicais, com referência no trotskismo, por isso libertários e democratas sem adjetivos. Defendíamos a democracia com socialismo, no qual os indivíduos seriam livres e preparados para a solidariedade.
Combatíamos os stalinistas, como Jabour, e só viemos a compor uma aliança com eles, quando houve concordência na luta pelas liberdades democráticas. Esses stalinistas sempre tiveram dificuldades em entender o mundo. Eles atraíam os jovens mais despreparados, porque seu ideário era simples, quase religioso.
Nós, que fomos da Centelha, a DS, nos aureos tempos tinhamos que ser excelentes alunos e participavamos de discussões de um nível que as pessoas hoje não entenderiam. Tinhamos que ler textos sofisticadíssimos, como Hegel, Marx, Gramisci, Trotski, Lukacs, Lenin, Celso Furtado, Daniel Bem Sayd, Mandel e muitos outros. Textos sobre política, cultura, economia, comportamento e a vida. a vida era mais bela naquela época. Na nossa turma também haviam Dilmas.

domingo, 2 de maio de 2010