Marina Silva definitivamente assumiu seu papel de inocente útil da direita. A trajetória dela é comum a muitos militantes, ativistas e políticos formados pela igreja. No processo de formação dos quadros da igreja católica, não há uma preparação verdadeiramente socialista. Em geral o pessoal que vem de estruturas como as pastorais possuem limitadíssima compreensão racional da política. São movidos muito mais pelo moralismo, o basismo e a emoção exacerbada. Por isso, são voluntariosos, têm pouca visão estratégica, tendem a análises maniqueístas e dificilmente compreendem o processo histórico.
Como tendem a acreditar em milagres, acham que uma pessoa pode mudar o mundo. Emboram não saibam bem o que fazer com o mundo mudado. Confundem moralismo com ética. Assim é comum que seus governos descambem para o autoritarismo. Mas, achando que são ungidos por Deus, mesmo quando fazem alianças esquisitíssimas, a exemplo da que fez Marina Silva com empresários que nunca demonstraram qualquer compromisso com mudanças profundas no mundo e nem entendem que na questão ecológica o buraco é mais acima. Muitos do empresários e "intelectuais" conservadores que apoiam a candidata eram até ontem apoiadores dos partidos de direita no Brasil.
Para piorar a sua formação, Marina ainda adotou o credo evangélico, que deixou de ser uma coisa progressista desde a morte de Calvino. Hoje os evangélicos são mais conservadores do que os católicos. Desse jeito, Marina não será nem mesmo uma nota de pé de página dos livros de história.
Nenhum comentário:
Postar um comentário