terça-feira, 11 de maio de 2010

Problemas na seleção do Dunga

O problema do kaká não é que ele está "meia boca". O negócio é que ele nunca foi craque. É um grande atleta, corre muito, se movimenta, mas não tem habilidade e nem aquela fagulha que separa os esforçados dos fora de série.
Dunga quer provar ao mundo uma tese: o futebol não precisa de craques. Talvez porque ele sempre foi um volante grosso, que usava a força para substituir a sua falta de habilidade.

Dunga, coerente e previsível

Juca Kfuouri disse uma coisa brilhante: a coerencia do Dunga não é com o povo brasileiro, mas com os seus comandados. E eu acrescento com os comandados que lhe abaixam a cabeça.
Agora, a coerencia de Dunga é  previsibilidade. Nunca vi vitória em nenhum jogo difícil com previsibilidade. Todos os outros times estão estudando o Brasil. Na Copa a dificuldade dos jogos será outra. Não será essa baba que foi a Copa América ou as eliminatórias, quando o Brasil enfrentou times montados às pressas com jogadores recém chegados dos campeonatos europeus. As duas únicas seleções que levaram à sério Copa das Confederações, além do Brasil, foram África do Sul e os Estados Unidos, orgulhosos de enfrentar os melhores do mundo.
Na Copa, todo mundo sabe que as coisas serão diferentes. Argentinos, franceses, italianos, ingleses e espanhóis chegarão babando. Sem contar as possíveis surpresas. Aposto na Sérvia, Holanda, Nigéria e Portugal.
A Sérvia sempre formou bons times, desde que era Iuguslávia, porém fracassavam nos mundiais. Eles têm a tradição de priorizar seus empregos nos times. Mas passei por aquela esquina do mundo há dois anos e pude ver um nacionalismo exacerbado.
A Holanda está devendo há várias copas. Vai chegar o momento em que vai encaixar.
Portugal é um dois únicos times que vão entrar em campo com um craque acima de qualquer suspeita, Cristiano Ronaldo. O outro é a Argentina de Messi.
Pela história das copas, dá para prever, que se seus companheiros ajudarem, Cristiano e Messi podem levantar a taça.

Vou de Holanda

Dunga é absolutamente previsível. A seleção convocada não é a do Brasil, mas do Dunga.
Tem a cara do técnico: só dá jogador esforçadinho ou grosso. Inteligência para organizar o time em campo, zero. Nenhuma esperança de um lampejo de gênio de impresibilidade. Futebol manjado, que todos os outros times já estão cansados de conhecer. Com o material humano convocado, não há esperança de mudança, de insight.
Não dá para torcer para aquilo, não tem nada haver com o Brasil. Vou de Holanda.