Pessoas de direita, que foram de esquerda com formação stalinista, são realmente perigosas. Outro dia ouvindo uma rádio, pela manhã, enquanto corria, escutei um comentário de dois cabos eleitorais do Serra, a ex-PCdoB Míriam Leitão e o pseudo-economista sei lá o que Sardenberg. Leitão eu sei que teve uma sólida formação stalinista no PCdoB, já o arremedo de economista eu só sei que é de direita, com uma bruta nostalgia do autoritarismo e um imenso nojo de povo.
A conversa deles é de dois capitães do mato da direita, mas a estrutura é absolutamente stalinista: insistem, dia após dia, na tese do "quanto pior, melhor". O melhor da esquerda Brasileira, Lula incluso, desde os seus tempos de sindicalista, nunca compartilhou dessa tese. Os quadros marxistas de qualidade sempre tiveram referências no velho filosofo alemão, que defendia a necessidade de avanços econômicos e tecnológicos para preparar terreno para o socialismo. Lula, por seu lado, nunca foi marxista, porém sempre foi dono de um instinto fora do normal e isso fez com que percebesse a necessidade de sempre lutar pelas melhores condições de vida. Para ele, quanto melhor, melhor.
Do outro lado, os equivocados do pecedobêzão sempre insistiram na tese do "quanto pior, melhor". Sempre foi um partido maluco, que resolveu imitar os cubanos ao instalar um foco revolucionário no Pará. Se deram mal na aventura, por não ter previsto na sua aventura coisas básicas, como, por exemplo, de comparar o mapa do Brasil, um país imenso, com o de Cuba, uma pequena ilha do Caribe. Algumas viúvas do episódio defendem que a estratégia do partido era baseada a Guerra Popular Prolongada, coisa também absurda de quem não sabe que estratégias maoístas só funcionam em circunstâncias históricas que permitem a montagem de grandes exércitos revolucionários.
Mas, o assunto é a Leitão. Ela foi formada para a vida no que há de pior na esquerda brasileira e continua uma exercendo a sua atividade política de direita seguindo as mesmas regras. Além de ser ridicularizada nos meios acadêmicos pelas bobagens que fala, ela desmoraliza o pensamento de direita a cada comentário.
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segunda-feira, 29 de março de 2010
Pesquisa alerta o PT
A pesquisa Datafolha, embora seja de um instituto afinado com a base de apoio ao Governador de São Paulo, teve alguns efeitos positivos para a candidatura Dilma. Embora os textos da Folha de São Paulo tenham distorcido alguns dados, por exemplo, quando afirmam que apoiadores de Lula se dividem entre as duas principais candidaturas a presidente. Trata-se de uma informação imprecisa, pois o jornal omite outra informação complementar, que indica outra conclusão importante: Serra e Dilma dividem o apoio dos que aprovam Lula, somente quando muitos eleitores não sabem que a ministra é apoiada pelo presidente. Quando perguntados se votariam em um candidato indicado por Lula. a grande maioria indica essa possibilidade.
A análise completa dos dados leva à conclusão de que, quando a campanha começar e o presidente assumir o apoio á sua candidata, sem as amarras da lei eleitoral, uma nova realidade, mais favorável à ministra se mostrará. Essa possibilidade inclusive é reforçada pelo fato de que nem mesmo a maioria dos cerca de 20% dos eleitores brasileiros que dizem ter simpatia pelo PT sabem que Dilma é a candidata do partido.
O fato é que Dilma tenta ocupar espaços, mas ainda está sob severas restrições do Tribunal Eleitoral e não tem o apoio dos grandes veículos de comunicação que fazem campanha para Serra há quatro anos. Nesse cenário, é surpreendente a boa posição da Ministra nas pesquisas, inclusive considerando que ela é uma figura relativamente nova na política.
Como a maioria das pessoas, inclusive políticos de alto escalão, não entende muita coisa de pesquisas, os números divulgados pela Folha deverão ter um impacto saudável na base de apoio da Ministra. Arrefece o clima de "já ganhou", reitera que será uma campanha muito difícil, coibe as lutas internas e indica que o trabalho será exaustivo.
A análise completa dos dados leva à conclusão de que, quando a campanha começar e o presidente assumir o apoio á sua candidata, sem as amarras da lei eleitoral, uma nova realidade, mais favorável à ministra se mostrará. Essa possibilidade inclusive é reforçada pelo fato de que nem mesmo a maioria dos cerca de 20% dos eleitores brasileiros que dizem ter simpatia pelo PT sabem que Dilma é a candidata do partido.
O fato é que Dilma tenta ocupar espaços, mas ainda está sob severas restrições do Tribunal Eleitoral e não tem o apoio dos grandes veículos de comunicação que fazem campanha para Serra há quatro anos. Nesse cenário, é surpreendente a boa posição da Ministra nas pesquisas, inclusive considerando que ela é uma figura relativamente nova na política.
Como a maioria das pessoas, inclusive políticos de alto escalão, não entende muita coisa de pesquisas, os números divulgados pela Folha deverão ter um impacto saudável na base de apoio da Ministra. Arrefece o clima de "já ganhou", reitera que será uma campanha muito difícil, coibe as lutas internas e indica que o trabalho será exaustivo.
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