A pesquisa Datafolha, embora seja de um instituto afinado com a base de apoio ao Governador de São Paulo, teve alguns efeitos positivos para a candidatura Dilma. Embora os textos da Folha de São Paulo tenham distorcido alguns dados, por exemplo, quando afirmam que apoiadores de Lula se dividem entre as duas principais candidaturas a presidente. Trata-se de uma informação imprecisa, pois o jornal omite outra informação complementar, que indica outra conclusão importante: Serra e Dilma dividem o apoio dos que aprovam Lula, somente quando muitos eleitores não sabem que a ministra é apoiada pelo presidente. Quando perguntados se votariam em um candidato indicado por Lula. a grande maioria indica essa possibilidade.
A análise completa dos dados leva à conclusão de que, quando a campanha começar e o presidente assumir o apoio á sua candidata, sem as amarras da lei eleitoral, uma nova realidade, mais favorável à ministra se mostrará. Essa possibilidade inclusive é reforçada pelo fato de que nem mesmo a maioria dos cerca de 20% dos eleitores brasileiros que dizem ter simpatia pelo PT sabem que Dilma é a candidata do partido.
O fato é que Dilma tenta ocupar espaços, mas ainda está sob severas restrições do Tribunal Eleitoral e não tem o apoio dos grandes veículos de comunicação que fazem campanha para Serra há quatro anos. Nesse cenário, é surpreendente a boa posição da Ministra nas pesquisas, inclusive considerando que ela é uma figura relativamente nova na política.
Como a maioria das pessoas, inclusive políticos de alto escalão, não entende muita coisa de pesquisas, os números divulgados pela Folha deverão ter um impacto saudável na base de apoio da Ministra. Arrefece o clima de "já ganhou", reitera que será uma campanha muito difícil, coibe as lutas internas e indica que o trabalho será exaustivo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário