quarta-feira, 31 de março de 2010

TSE despediça dinheiro público

O TSE lançou a sua campanha educativa para estimular o voto e as boas práticas democráticas. Como toda campanha do TSE esta também parece uma vacina velha: é inócua. Ou seja, não faz efeito.
Interessante é que o TSE faz pesquisas todos os anos e, depois de tanto tempo, deveria conhecer melhor o eleitor brasileiro. Parece que não aprendeu com as informações das pesquisas, pois lançou uma campanha com temática pobre, sem capacidade de chamar atenção das pessoas e com mensagens sem qualquer criatividade.
É mais um caso de dinheiro público jogado fora.

terça-feira, 30 de março de 2010

Seriedade para enganar

Eles parecem senhores (senhoras) muito sérios, muito compenetrados. Ternos sóbrios, roupas femininas formais, cabelos masculinos e femininos clássicos. Pela forma à qual se apresentam, procuram transmitir que o que falam é verdade e não há nenhum subterfúgio por traz do que dizem.
Assim, com uma aparência muito digna, extremamente respeitosa, os apresentadores dos principais jornais da TV Globo e da Globonews, tentam enganar os brasileiros, para que eles acreditem que a versão dos fatos apresentada por eles é a verdade.
Uma das obras primas do cinema, "O homem que matou o facínora", ensina que o jornalismo não trata necessariamente da verdade, mas de versões do que acontece. A verdade nem sempre é publicada ou vai ao ar, na maioria das vezes sacrificada por versões que vendem mais a notícia. Há também o sacrifício da verdade por interesses econômicos e políticos. Um exemplo do sacrifício econômico acorreu na cobertura inicial do naufrágio do Exxon Valdez, no Alasca, um acidente que quase destruiu um importante sistema ecológico. No início, as notícias afirmavam que havia sido um incidente de pequena monta, apenas digno de notas de pé de página. A verdadeira dimensão da tragédia só alcançou as primeiras páginas, depois que entidades de ambientalistas realizaram manifestações e divulgaram filmes independentes no local, com imagens chocantes da destruição da fauna, inclusive tendo inesquecíveis sequências de focas e aves cobertas por camadas de petróleo.
Na política, os brasileiros já se acostumaram a ver a cobertura parcial e engajada da Globo em sucessivas eleições. Ganhou com Fernando Collor e Fernando Henrique; perdeu duas para Lula.
Não há nada de errado em um veículo de comunicação assumir uma posição política. O que é errado é esconder essa posição política dos seus leitores e expectadores. Essa atitude é evitada nas democracias mais consolidadas, como Estados Unidos, países da Europa Ocidental e Japão, onde os veículos assumem publicamente suas escolhas políticas, sem procurar enganar os eleitores.
No Brasil os veículos não se preocupam em informar o público de suas posições políticas e se apresentam como "neutros". Essa atitude engana os consumidores desses veículos e permite a prática sutil, porém aberta, de campanha eleitoral.
Normalmente essa prática não atinge as camadas econômicas mais baixas, pois esse público constituído pela maioria dos brasileiros não consome esses meios de comunicação ou simplesmente não acredita neles, pois suas notícias entram em contradição com as suas referências de vida.
O publico influenciado é o setor culturalmente deficiente da classe média, constituído de pessoas que só obtém as suas referências do mundo através de meios de comunicação que divulgam informações com baixo nível de profundidade analítica, como a revista Veja, o jornal Folha de São Paulo e a Globo. São pessoas que não lêem livros, nem consomem produtos culturais mais elaborados e são gradativamente transformados na massa de manobra dos partidos conservadores, como o PSDB e o DEM.
Sob a aparência de procedimentos sérios, os comentaristas dos veículos citados proferem informações distorcidas e análises equivocadas, destinadas mais a influenciar do que a informar. Os comentaristas sérios; que não se enquadram nesse modelo, como Emir Sader; são evitados ou afastados, quando não se enquadram aos propósitos das empresas de comunicação.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Stalinista não muda

Pessoas de direita, que foram de esquerda com formação stalinista, são realmente perigosas. Outro dia ouvindo uma rádio, pela manhã, enquanto corria, escutei um comentário de dois cabos eleitorais do Serra, a ex-PCdoB Míriam Leitão e o pseudo-economista sei lá o que Sardenberg. Leitão eu sei que teve uma sólida formação stalinista no PCdoB, já o arremedo de economista eu só sei que é de direita, com uma bruta nostalgia do autoritarismo e um imenso nojo de povo.
A conversa deles é de dois capitães do mato da direita, mas a estrutura é absolutamente stalinista: insistem, dia após dia, na tese do "quanto pior, melhor". O melhor da esquerda Brasileira, Lula incluso, desde os seus tempos de sindicalista, nunca compartilhou dessa tese. Os quadros marxistas de qualidade sempre tiveram referências no velho filosofo alemão, que defendia a necessidade de avanços econômicos e tecnológicos para preparar terreno para o socialismo. Lula, por seu lado, nunca foi marxista, porém sempre foi dono de um instinto fora do normal e isso fez com que percebesse a necessidade de sempre lutar pelas melhores condições de vida. Para ele, quanto melhor, melhor.
Do outro lado, os equivocados do pecedobêzão sempre insistiram na tese do "quanto pior, melhor". Sempre foi um partido maluco, que resolveu imitar os cubanos ao instalar um foco revolucionário no Pará. Se deram mal na aventura, por não ter previsto na sua aventura coisas básicas, como, por exemplo, de comparar o mapa do Brasil, um país imenso, com o de Cuba, uma pequena ilha do Caribe. Algumas viúvas do episódio defendem que a estratégia do partido era baseada a Guerra Popular Prolongada, coisa também absurda de quem não sabe que estratégias maoístas só funcionam em circunstâncias históricas que permitem a montagem de grandes exércitos revolucionários.
Mas, o assunto é a Leitão. Ela foi formada para a vida no que há de pior na esquerda brasileira e continua uma exercendo a sua atividade política de direita seguindo as mesmas regras. Além de ser ridicularizada nos meios acadêmicos pelas bobagens que fala, ela desmoraliza o pensamento de direita a cada comentário.

Pesquisa alerta o PT

A pesquisa Datafolha, embora seja de um instituto afinado com a base de apoio ao Governador de São Paulo, teve alguns efeitos positivos para a candidatura Dilma. Embora os textos da Folha de São Paulo tenham distorcido alguns dados, por exemplo, quando afirmam que apoiadores de Lula se dividem entre as duas principais candidaturas a presidente. Trata-se de uma informação imprecisa, pois o jornal omite outra informação complementar, que indica outra conclusão importante: Serra e Dilma dividem o apoio dos que aprovam Lula, somente quando muitos eleitores não sabem que a ministra é apoiada pelo presidente. Quando perguntados se votariam em um candidato indicado por Lula. a grande maioria indica essa possibilidade.
A análise completa dos dados leva à conclusão de que, quando a campanha começar e o presidente assumir o apoio á sua candidata, sem as amarras da lei eleitoral, uma nova realidade, mais favorável à ministra se mostrará. Essa possibilidade inclusive é reforçada pelo fato de que nem mesmo a maioria dos cerca de 20% dos eleitores brasileiros que dizem ter simpatia pelo PT sabem que Dilma é a candidata do partido.
O fato é que Dilma tenta ocupar espaços, mas ainda está sob severas restrições do Tribunal Eleitoral e não tem o apoio dos grandes veículos de comunicação que fazem campanha para Serra há quatro anos. Nesse cenário, é surpreendente a boa posição da Ministra nas pesquisas, inclusive considerando que ela é uma figura relativamente nova na política.
Como a maioria das pessoas, inclusive políticos de alto escalão, não entende muita coisa de pesquisas, os números divulgados pela Folha deverão ter um impacto saudável na base de apoio da Ministra. Arrefece o clima de "já ganhou", reitera que será uma campanha muito difícil, coibe as lutas internas e indica que o trabalho será exaustivo.

domingo, 28 de março de 2010

Um ato de corrupção fez da Folha o maior jornal do Brasil

Até a  década de 70, do século XX, a Folha de São Paulo apoiava a ditadura militar, como todos os outros grandes jornais brasileiros. Na época, a Folha não era um dos jornais mais importantes do país, lugar ocupado pelo O Globo e Jornal do Brasil. Não era nem mesmo o maior do seu estado, posto dominado pelo Estadão. O negócio mais lucrativo do seu proprietário, Otávio Frias, era a concessão da rodoviária de São Paulo.
Então o General Geisel, presidente militar de plantão, resolveu construir uma nova rodoviária na capital paulista, fora do centro e mais acessível aos ônibus intermunicipais. Frias tentou estender sua cancessão ao novo terminal. Os generais negaram a pretensão. Tendo seus interesses contrariados, o empresário jogou seu jornal na oposição. Isso tem um nome CORRUPÇÃO!
A manobra teve um efeito empresarial inesperado, o jornal conquistou novos leitores, insatisfeitos com a ditadura, que não sabiam o motivo da guinada editorial. Acreditavam que fosse por motivos de consciência, como estava ocorrendo com milhões de brasileiros. Mas, era apenas um jogo de interessas, corrupção.
Hoje o jornal perde rapidamente a maior parte dos leitores que consuistou no final dos anos de chumbo. Eles se sentem traidos.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Diplomacia do Brasil mostra amadurecimento

A diplomacia brasileira vota, pela primeira vez na ONU, contra a Coréia do Norte, um dos países classificados como párias pelo Departamento de Estado norte ameticano. É uma mostra de maturidade. Votar contra qualquer um dos países da lista dos Estados Unidos é estreiteza de visão ou submissão à política externa norte-americana. Irã e Cuba, por exemplo são casos à parte, embora o Brasil também deva se posicionar contra exageros contra os direitos humanos nestes dois países - como no caso da agressão a mulheres desarmadas, na ilha caribenha, ou a prisão de artistas e intelectuais, no estado persa. Afinal, defender os direitos humanos contribui para que abusos de carater político e de consciência jamais voltem a ocorrer no Brasil. Pragmatismo tem limites e só engrandece o país, uma posição incisiva sobre a questão, além do que críticas construtivas aumentam são ouvidas e respeitadas.
No caso da Coréia, não havia motivo para uma posição de neutralidade. O último estado stalinista do mundo é uma ameaça irresponsável à tranquilidade do extremo oriente. Países pacíficos, como o Japão e a Coréia do Sul vivem em suspense, temendo uma irresponsabilidade de um país inviável, que ao perceber o risco de uma crise social terminal, pode acender o pavio do barril de pólvora. Pólvorá atômica é claro.

quinta-feira, 25 de março de 2010

A musa da quinta-feira

Muito mais do que uma linda mulher, ela é interessante.
 Rachel Weisz

segunda-feira, 22 de março de 2010

NOVO SISTEMA DE SAÚDE NORTE-AMERICANO ROMPE COM A LEI DO MAIS FORTE

O presidente Obama conquistou a sua maior vitória até aqui para o povo norte-americano, com a aprovação do seu projeto para a saúde pública. Até então, um norte-americano sem dinheiro, quando ficava doente, podia morrer sem assistência médica. No Brasil este mesmo cidadão, mesmo sendo estrangeiro receberia um atendimento de boa qualidade pelo SUS.
Obama derrotou a direita do seu país, que é contra a saúde pública. A direita norte-americana defende um sistema no qual vigora a lei do mais capaz (ou do mais forte). Se um indivíduo não consegue comprar um plano de saúde, merece ser excluído da sociedade - é uma exclusão fisica, ou seja tal pessoa merece morrer.
Com a linguagem diferente, fundamentada no individualismo norte-americano, esse discurso tem uma assustadora proximidade com a defesa da eugenia na Alemanha nazista. A exclusão dos mais fracos criaria uma nação de super-humanos, pronta para dominar o mundo.
Com sua apologia aos temas marciais, os nazistas tinham um estilo diferente da direita yuppie norte-americana, mas no fundo a essência é a mesma. Ambos os agrupamentos não hesitam em partir para a guerra, preferindo a agressão dos países mais fracos. Ambos tinham como líderes populares artistas austríacos: os alemães foram seduzidos por Hitler e os norte-americanos são fascinados por Arnold Schwarzenegger, o governador da California, que é, provavelmente, o político republicano mais popular do país. A legislação atual impede a sua chegada à Casa Branca, mas leis podem ser mudadas, o que dá calafrios.
É assustador pensar como eles são parecidos, como pai e filho.

domingo, 21 de março de 2010

Frustração no lançamento de Serra

Serra anunciou, para “grande surpresa” do Brasil, a sua candidatura a presidente. Bom... o cara estava fazendo campanha e dando as suas habituais rasteiras há quatro anos. Derrubou o Aécio e impediu que qualquer outro pudesse surgir no campo da direita. Com isso, criou um grande problema para a direita (e digo direita, para economizar espaço de explicações - na comunicação e na ciência é preciso usar definições, para facilitar o raciocínio). O problema é que se por caprichos do destino algo acontecer com Serra, a direita não tem qualquer alternativa, pois o governador de São Paulo se esmerou em enterrar qualquer um que pudesse brilhar um pouco mais.


Por isso, a surpresa não é o anúncio de Serra - já era uma morte anunciada - o extraordinário é que Dilma já está passando à frente na corrida presidencial, com a tendência de abrir alguns corpos, apesar de toda a campanha aberta feita para o governador, por todos os veículos da grande imprensa brasileira.

É também um cenário revelador de que a força da imprensa brasileira se desgastou ao entrar em contradição com o povo brasileiro - para lembrar uma expressão de Darci Ribeiro.

sexta-feira, 19 de março de 2010

O Rafale é melhor para o Brasil

Luiz Nacif: O JN noticiou a pouco a opção pelo Rafale, informando que a FAB reviu posição anterior pelo Gripen NG.
Vi em não sei qual lugar que a França/Dassault reduziu o preço do pacote em R$ 2 bilhões. Acho muita a redução, mas será verdade?
Os Rafale estão mais caros, mas a França passará os códigos fonte, fato de suma importância, pois permite ao Brasil reconfigurar os sistemas de navegação e armas para atender aos nossos pilotos e condições, bem como para garantir que não haja algum controle tipo “desligamento à distância”, coisa que acho que pode haver nos radares americanos do Sivan. Ou seja, quando os aviões de guerra americanos atacassem nossa Amazônia, um sinal dos EUA poderia desativar a detecção ou a informação dos radares aos controladores brasileiros.
Isso parace baboseira? Não pois nos EUA não se pode confiar quando a estratégia militar deles é posta em prática.

Serra rouba dinheiro da saúde e ameaça de morte ronda paulistas

Uma auditoria do Departamento Nacional de Auditoria do SUS – Denasus, do Ministério da Saúde, comprovou que o governo paulista desviou, em dois anos, R$ 2 bilhões em verbas que
deveriam ter sido aplicadas na saúde. A análise constatou que destes,
pelo menos R$ 78 milhões foram investidos no mercado financeiro, apesar
da crise de atendimento na saúde pública paulista.
O dinheiro do SUS que, por causa do desvio, vai para uma conta única do governo, por lei deveria ter sido destinado a programas de assistência
farmacêutica, vigilância epidemiológica e combate à Aids e DST.

quinta-feira, 18 de março de 2010

O caos está batendo à porta dos EUA

Em Davos, pela primeira vez, desde o final da Guerra Civil, na metade do século XIX, a elite mundial debateu com seriedade a possibilidade de uma crise política grave nos Estados Unidos. A palavra de ordem da direita norte-americana é sabotar o governo Obama, para impedir o presidente de dar certo. Assim, atuam de todas as formas para aprofundar a crise econômica e criam embaraços para a política externa dos Estados Unidos.
A direita norte-americana dá um tiro no pé. Querem provocar o caos, mas o cataclismo que se anuncia não deixará sobreviventes, vai engolir todos, sem exigir posicionamento ideológico.
O mundo inteiro vai sofrer as consequências.

Como os bregas tem vez

Impressionante como Latino um dos ícones bregas do brasil anda bem acompanhado. Depois da deliciosa Kely Key, ele anda com este monumento visual. Mirella Santos. Enjoy.

Grande imprensa mantém complexo de vira-latas

Impressionante o complexo de vira-latas preservado cuidadosamente pelo baronato da imprensa brasileira. Tal complexo foi mais uma vez revelado, na cobertura da punição dos Estados Unidos pela Organização Muncial do Comércio, na demanda do Brasil contra os produtores de algodão norte-americano.
Uma vitória que o povo e os empresários brasileiros deveriam comemorar, como uma copa do mundo, foi tratada pela grande mídia brasileira como uma ameaça ao Brasil. Os editores desses veículos deram a entender que o governo brasileiro não deveria exercer seu poder de retaliação, para não sofrer respostas duras dos Estados Unidos. Outros recordaram a inflação, sugerindo que a defesa dos interesses nacionais poderia trazer de volta o flagelo que assustou gerações de brasileiros.

Foram declarações explícitas de covardia e de submissão, atitudes obsoletas no mundo de hoje, quando a economia norte-americana vive momentos de grande fragilidade e depende como nunca dos mercados emergentes, para sobreviver. Essa nova ordem mundial da economia ficou clara na rapida mobilização dos empresários norte-americanos, para pressionar o seu governo a entrar rapidamente em negociações e evitar o prolongamento da situação.
É provável que o preço dos produtos norte-americanos sofra reduções, para compensar o aumento das tarifas. Mas, enquanto isso não acontece, os consumidores brasileiros podem optar por similares europeus, asiáticos ou aqui mesmo da América do Sul, geralmente de muito melhor qualidade.

Galo tem nova camisa, falta só um craque

Falta pelo menos um craque ao Galo. Ricardinho já teve os seus lampejos, mas está velho. Tardeli, é um ótimo jogador, porém falta a ele aquela fagulha que diferencia um craque dos atletas normais. Renam Oliveira pode ser o cara, mas é ainda muito jovem para ser o responsável pelo time. Teria que ter outro jogador mais velho para assumir este lugar. Com apenas um craque o Atlético pode arrebentar.
Aliás este é o mesmo problema da seleção brasileira sem Ronaldinho Gaúcho. Não tem craque. Kaká é um ótimo atleta, forte, veloz, passa corretamente, mas está longe de ser aquele cara que muda o rumo de um jogo.  

quarta-feira, 17 de março de 2010

Lula leva confiança e negócios para o Oriente Médio

A maioria dos jornalistas brasileiros é miserávelmente despreparada, mesmo quando são figuras conhecidas e importantes nos seus veículos. Exemplos são a Mirian Leitão que é risível nos seus comentários sobre economia, pois não passa de uma espécie de papagaio repetidor das bobagens dos economistas mauricinho-neo-liberais, estilo Armínio Fraga e Eduardo Gianetti.
Como diz Bresser Pereira, os economistas neo-liberais são um desastre. Com a crise eles ficaram, no mínimo, obsoletos.
Tem também o Boechat, um colunista social promovido a "âncora", que quer falar de tudo e não entende nada.
Eles e muitos mais representam os preconceitos e o cinismo da classe média alta brasileira, um pessoal que tem dinheiro pra comprar revistas e os produtos da publicidade. Por isso esses veículos vendem.
Porém, não é esse o assunto deste post. A intenção é comentar as idiotices que sairam na imprensa sobre a viagem do presidente Lula ao Oriente Médio. É perceptível a intenção de desqualificar a viagem, sob o argumento de que o Governo Brasileiro não poderá ser aceito como interlocutor, pois é alinhado com o Irã. Argumentam também que o presidente "deveria conhecer mais sobre o conflito, antes de se meter no assunto" (plavras de Ricardo Boechat, na rádio BandNews).
É evidente que nehum deles entende bem do assunto, não sabe por exemplo que o problema tem raízes na Idade Média, com as cruzadas e foi agudizado com o colonialismo mais recente. O estado de Israel, para muitoa árabes, é a ponta de lança do colonialismo ocidental.
Qualquer pessoa de cultura médiana pode entender que um país, como o Brasil, que foi colônia e vítima do colonialismo, pode despertar muito mais confiança nos países árabes.
Já os israelenses, por um lado, mantém uma relação econômica crescente e altamente lucrativa com o Brasil. Praticamente todo o desenvolvimento de alta tecnologia das forças armadas brasileiras é comprado do estado judeu. De outro lado, a sociedade israelense é extremamente complexa e dividida. O país foi fundado por uma geração de grandes figuras, na maioria europeus que fugiam no nazismo. Os principais políticos responsáveis pela criação de israel são socialistas de imensa dignidade e equilíbrio. Eles foram à guerra, obrigados pelas circunstâncias, às vezes de forma implacável, mas sempre buscaram a paz.
O Brasil fala para essas pessoas que querem a paz em Israel. No entanto, o governo brasileiro também precisa estar consciente de que parte da liderança judaica não quer a verdadeira estabilização da situação, seja por motivos econômicos - a guerra gera lucros - como por estarem alinhados à política fundamental dos Estados unidos para a região: manter um permanente estado de instabilidade.
Quem já leu George Friedman entende esta política norte-americana. Friedman foi funcionário de alta patente do Departamento de Defesa dos EUA e participou de vários episódios importantes da história recente. Hoje é sócio de uma empresa especializada em temas estratégicos. No livro que lançou recentemente, "Os próximos 100 anos", ele explica que os Estados Unidos não invadiram o Iraque porque querem paz, eles estão lá para cultivar a instabilidade na região. Com isso mantém o controle regional, por um custo final relativamente barato.
O Brasil não está incluído nessa equação, de estender uma mão, com um punhal escondido na outra. O país tem a confiança dos árabes e Lula cativa os líderes socialistas judeus, que representam metade da população do país. Além disso leva nas mãos boas oportunidades de comércio com o Mercosul, para todos os países da região. É muito mais do que podem oferecer os países do G7, que monopolizam as negociações, sempre sob suspeita de interesses escusos.
De fato, o Brasil é novidade, só não vê quem está mal intencionado ou sofre de uma profunda síndrome de vira-latas.

IBOPE suspeito

Saiu mais uma pesquisa IBOPE. O instituto tem sido, nos últimos anos, alvo de questionamentos. Várias redes de TV questionam a isenção da empresa para realizar o monitoramento da audiência no Brasil. Cada ponto de liderança indicado pelo IBOPE vale milhões em compra de espaço para publicidade.
A suspeita é de que o instituto é alinhado de uma maneira estranha com a Rede Globo. Há movimentações no mercado para quebrar o monopólio da empresa de pesquisa no setor.
Na política também há dúvidas, principalmente porque quem está na política no país nos últimos 30 anos sabe que o IBOPE "vende" resultados de pesquisa. Já presenciei um episódio no qual o instituto ofereceu um resultado melhor, para um político na campanha à prefeitura de uma grande cidade do interior de Minas Gerais.
Em resumo: o resultado possivelmente é melhor para Dilma Rousef.

terça-feira, 16 de março de 2010

GRANDE MÍDIA JOGA A VERDADE NO LIXO CONTRA LULA

Jornalista publica artigo no qual desvenda a estratégia articulada da grande mídia, para desestabilizar o governo Lula. Impressionante. Vejam texto abaixo.

“Tempestade no Cerrado”: é o apelido que ganhou nas redações a operação de bombardeio midiático sobre o governo Lula, deflagrada nesta primeira quinzena de Março, após o convescote promovido pelo Instituto Millenium.A expressão é inspirada na operação “Tempestade no Deserto”, realizada em fevereiro de 1991, durante a Guerra do Golfo.
Liderada pelo general norte-americano Norman Schwarzkopf, a ação militar destruiu parcela significativa das forças iraquianas. Estima-se que 70 mil pessoas morreram em decorrência da ofensiva.
A ordem nas redações da Editora Abril, de O Globo, do Estadão e da Folha de S. Paulo é disparar sem piedade, dia e noite, sem pausas, contra o presidente, contra Dilma Roussef e contra o Partido dos Trabalhadores.
A meta é produzir uma onda de fogo tão intensa que seja impossível ao governo responder pontualmente às denúncias e provocações.
As conversas tensas nos "aquários" do editores terminam com o repasse verbal da cartilha de ataque.
1)                         Manter permanentemente uma denúncia (qualquer que seja) contra o governo Lula nos portais informativos na Internet.
2)                         Produzir manchetes impactantes nas versões impressas. Utilizar fotos que ridicularizem o presidente e sua candidata.
3)                         Ressuscitar o caso “Mensalão”, de 2005, e explorá-lo ao máximo. Associar Lula a supostas arbitrariedades cometidas em Cuba, na Venezuela e no Irã.
4)                         Elevar o tom de voz nos editoriais.
5)                         Provocar o governo, de forma que qualquer reação possa ser qualificada como tentativa de “censura”.
6)                         Selecionar dados supostamente negativos na Economia e isolá-los do contexto.
7)                         Trabalhar os ataques de maneira coordenada com a militância paga dos partidos de direita e com a banda alugada das promotorias.
8)                         Utilizar ao máximo o poder de fogo dos articulistas.

Quem está por trás
Parte da estratégia tucano-midiática foi traçada por Drew Westen, norte-americano que se diz neurocientista e costuma prestar serviços de cunho eleitoral. É autor do livro The Political Brain, que andou pela escrivaninha de José Serra no primeiro semestre do ano passado.
A tropicalização do projeto golpista vem sendo desenvolvida pelo “cientista político” Alberto Carlos Almeida, contratado a peso de ouro para formular diariamente a tática de combate ao governo. Almeida escreveu Por que Lula? e A cabeça do brasileiro, livros que o governador de São Paulo afirma ter lido em suas madrugadas insones.

O conteúdo
As manchetes dos últimos dias revelam a carga dos explosivos lançados sobre o território da esquerda. Acusam Lula, por exemplo, de inaugurar uma obra inacabada e “vetada” pelo TCU. Produzem alarde sobre a retração do PIB brasileiro em 2009. Criam deturpações numéricas.
A Folha de S. Paulo, por exemplo, num espetacular malabarismo de ideias, tenta passar a impressão de que o projeto “Minha Casa, Minha Vida” está fadado ao fracasso. Durante horas, seu portal na Internet afirmou que somente 0,6% das moradias previstas na meta tinham sido concluídas.
O jornal embaralha as informações para forjar a ideia de que havia alguma data definida para a entrega dos imóveis. Na verdade, estipulou-se um número de moradias a serem financiadas, mas não um prazo para conclusão das obras. Vale lembrar que o governo é apenas parceiro num sistema tocado pela iniciativa privada.
A mesma Folha utilizou seu portal para afirmar que o preço dos alimentos tinha dobrado em um ano, ou seja, calculou uma inflação de 100% em 12 meses. A leitura da matéria, porém, mostra algo totalmente diferente. Dobrou foi a taxa de inflação nos dois períodos pinçados pelo repórter, de 1,02% para 2,10%.
Além dos deturpadores de números, a Folha recorre aos colunistas do apocalipse e aos ratos da pena. É o caso do repórter Kennedy Alencar. Esse, por incrível que pareça, chegou a fazer parte da assessoria de imprensa de Lula, nos anos 90.
Hoje, se utiliza da relação com petistas ingênuos e ex-petistas para obter informações privilegiadas. Obviamente, o material é sempre moldado e amplificado de forma a constituir uma nova denúncia.É o caso da “bomba” requentada neste março. Segundo Alencar, Lula vai “admitir” (em tom de confissão, logicamente) que foi avisado por Roberto Jefferson da existência do Mensalão.
Crimes anônimos na Internet
Todo o trabalho midiático diário é ecoado pelos hoaxes distribuídos no território virtual pelos exércitos contratados pelos dois partidos conservadores.

Dunga insiste na burrice

Dunga revela que não tem estatura de líder. Bate o pé na "decisão" de não convocar Ronaldinho. Pessoas próximas ao treinador garantem que ele se recusa a levar o atacante gaúcho, porque não quer parecer ter sido "derrotado" pela imprensa brasileira. 
Um absurdo que mostra a pequena estatura do técnico. Os grandes líderes levam em conta as opiniões alheias de uma maneira mais positiva e não temem um recuo, pois sabem que o importante é o resultado. 
Mao Tse-tung, o criador da República Popular da China utilizou na sua estratégia vencedora o conceito de um passo atrás, dez à frente. Ele sabia que às vezes recuos são necessários, para assegurar a vitória final. 
John Keegan, professor da prestigiada Real Academia Militar de Sandhurst, considera a Guerra popular Prolongada, criada por Mao, a contribuição mais importante para a estratégia no sáculo XX. É uma estratégia na qual pequenos recuos preparam grandes vitórias.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Eco-mauricinhos com Marina

Marina Silva apreserntou o núcleo de sua equipe nas páginas da Folha de São Paulo, como não poderia deixar de ser. O jornal paulista é entusiásta da candidatura da senadora, pois avaliam que ajuda o cadidato oficial do veículo: Zé Serra.
Independente disso, os "apoiadores" da ex-ministra revelam a enorme distância que separa Marina de sua história. O núcleo da campanha é constituído por eco-mauricinhos, que só conhecem a natureza por eventuais escapadas nos fins de semana, quando entram em áreas verdes a bordo de jipões, estilo SUV, calçados em botas Diesel, com calças jeans de grife e chapeus panamá. Na verdade, a maioria dos eco-mauricinhos da Marina nem mesmo conhece algo além da "selva de pedra" das grandes cidades e tem na ecologia apenas mais um discurso de marketing para ganhar mais dinheiro.
Marina renegou os ideais que compartilhava com Chico Mendes.

terça-feira, 9 de março de 2010

Oportunidade de negócios na érea da comunicação

Parece que mais uma vez os grandes veículos de comunicação serão derrotados. Dilma cresce e Serra cai, mesmo apoiado há mais de quatro anos por uma imprensa agressiva e virulenta. Os grandes veículos brasileiros, tendo á frente a revista Veja, o jornal Folha de São Paulo e o Globo, fulminaram até mesmo figuras próximas ao governador paulista, como seu concorrente de partido, o mineiro Aécio Neves Cunha.
Contra todos esses veículos poderosos, e mais outros, como a Rede Band, o Estadão e O Globo, é surpreendente a boa posição da ministra. Mais uma vez os brasileiros mostram que estão se lixando para a opinião da imprensa.
Este cenário denuncia também a fragilidade da imprensa brasileira. Há oportunidade para uma nova proposta comercial nesta área. Quem entrar com o foco certo; não só em termos políticos, mas também formais e estéticos; vai rapidamente atropelar a envelhecida imprensa brasileira.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Inaugurada obra inutil

Com uma festa brega, na qual não faltou nem mesmo Fafá de Belém cantando o Hino Nacional, Aécio fez uma festa para inaugurar uma obra inútil - o novo Centro Administrativo do governo mineiro. O governador alega que a obra traz economia. Mas cálculos feitos por economistas mineiros revelam que o pagamento dos juros do empréstimo contraído para financiar o sonho faraônico vão custar muito mais do que a possível economia. Minas Gerais deve muito mais hoje do que quando Aécio entrou para o governo. Talvez seja por isso que se instalou uma polêmica na UFMG: se a obra é a Disneylandia do Aécio ou se é o Sítio do Picapau Amarelo. No último caso, a explicação é uma maldade; lá tem o pó e a Tia Anastásia.

A coisa mais surpreendente do Brasil

A coisa mais surpreendente do Brasil de hoje é que Ministra Dilma Roussef está empatada na disputa eleitoral com José Serra; mesmo depois de quatro anos de campanha intensa para o Governador paulista, feita explicitamente pelos veículos de comunicação mais poderosos do país, como Folha de São Paulo, revista Veja, Organizações Globo, Grupo Band, Estadão, e outros menos expressivos. Quem entende de pesquisa sabe que a situação de Serra é difícil, pois o que é mais importante em uma sondagem de opinião pública são as curvas das séries históricas dos candidatos. A de Serra tem perfil declinante, enquanto a Ministra sobe a cada nova pesquisa.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Grosseria do Aécio

Rompendo uma tradição da política mineira - marcada por personalidades finas, elegantes e sofisticadas, como Juscelino Kubitschek, José Maria Alkmin, Milton Campos, Pedro Aleixo, Artur Bernardes, José Aparecido, Tancredo Neves e muitos outros - o governador Aécio Neves cometeu uma grosseria que depõe contra a sua imagem. Ele não convidou a mineira Dilma Roussef, Ministra da Casa Civil do Governo Federal, para a inauguração da nova sede da administração pública de Minas Gerais. Aécio disse que não convidou a ministra, porque ela não tem ligações com o Estado. A emenda ficou pior do que o soneto, pois Dilma é mineira, nascida em Belo Horizonte e morou no Estado, até ser obrigada a fugir pela ditadura militar.
Atitude pequena e mesquinha do governador mineiro.

terça-feira, 2 de março de 2010

Dunga insiste em continuar burro. Tem pessoas que não evoluem com a experiência. Todas as seleções brasileiras que ganharam contaram com um craque. Até mesmo o mediocre time de 1994, no qual o atual técnico do Brasil jogou, contava com o genial Romário. Na seleção atual, caso o técnico continue insistindo nos seus conceitos limitados e não leve Ronaldinho, vamos sem um craque. Kaká é um ótimo atleta, mas está longe de ser um craque.
Achar que ganhar a Copa América, a Copa das Confederações ou chegar em primeiro nas eliminatórias sinaliza vitória na Copa é uma miopia de quem não se preocupa em conhecer a história da principal disputa mundial. A Copa é única nas suas particularidades.