Impressionante o complexo de vira-latas preservado cuidadosamente pelo baronato da imprensa brasileira. Tal complexo foi mais uma vez revelado, na cobertura da punição dos Estados Unidos pela Organização Muncial do Comércio, na demanda do Brasil contra os produtores de algodão norte-americano.
Uma vitória que o povo e os empresários brasileiros deveriam comemorar, como uma copa do mundo, foi tratada pela grande mídia brasileira como uma ameaça ao Brasil. Os editores desses veículos deram a entender que o governo brasileiro não deveria exercer seu poder de retaliação, para não sofrer respostas duras dos Estados Unidos. Outros recordaram a inflação, sugerindo que a defesa dos interesses nacionais poderia trazer de volta o flagelo que assustou gerações de brasileiros.
Foram declarações explícitas de covardia e de submissão, atitudes obsoletas no mundo de hoje, quando a economia norte-americana vive momentos de grande fragilidade e depende como nunca dos mercados emergentes, para sobreviver. Essa nova ordem mundial da economia ficou clara na rapida mobilização dos empresários norte-americanos, para pressionar o seu governo a entrar rapidamente em negociações e evitar o prolongamento da situação.
É provável que o preço dos produtos norte-americanos sofra reduções, para compensar o aumento das tarifas. Mas, enquanto isso não acontece, os consumidores brasileiros podem optar por similares europeus, asiáticos ou aqui mesmo da América do Sul, geralmente de muito melhor qualidade.
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