Serra disse que quer a unidade do país. Ele mente. Das coisas mais básicas que a gente aprende nas escolas de ciências políticas é que os partidos que representam os setores mais ricos tentam negar o carater de classe da sociedade e simulam fazer um discurso para todos os setores sociais. Eles tentam fazer isso simplesmente porque são minoria, ou seja, o setor que representam é a menor parte da população e sozinho não tem condições de eleger um presidente da República. Então, eles tentam roubar eleitores dos partidos que representam outros setores da sociedade, princialmente das camadas mais pobres da população. Muitas vezes conseguem fazer isso com sucesso, porque os mais pobres normalmente são constituídos por aqueles indivíduos com menor bagagem cultural e, portanto, são mais facilmente enganados.
Mas, o discurso de que representam toda a sociedade, como diz o PSDB (com grande "cara de pau"), é uma mentira. No seu projeto de governo está exatamente manter as camadas mais pobres confinadas em uma vida de menor poder aquisitivo, pois assim eles mantém um grande estoque de mão de obra barata disponível para as empresas capitalistas.
Os benefícios que, muito eventualmente, disponibilizam para os mais pobres são resultado do temor que os mais ricos mantém de disturbios sociais; da necessidade de educar a mão de obra para a evolução tecnológica da economia; e a necessidade de parecer que de fato atendem aos interesses da maioria dos seus eleitores.
No entanto, as grandes linhas da economia sempre favorecem aos mais ricos. Por exemplo, o PSDB transformou as privatizações de empresas estatais em política de estado, sendo que a mairia delas só beneficiou os mais ricos - que compraram barato poderosos ativos industriais. As camadas pobres e médias da população, por seu lado, em geral foram prejudicadas, pois as privatizações provocaram aumento de tarifas e diminuição de fontes de investimento em programas de desenvolvimento sustentável.
A mentira do Serra tem pernas curtas.
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